quinta-feira, 25 de julho de 2013

Tu dizes?



Verdades caladas são o peso de se manter enaltecido,
São fortes como as carências que vêm de dentro,
E somem mais rápido que sono de criança...

Então só nos resta mochilar os motivos,
Acender velas,
E chover por dentro...

Em seguida perceber o momento exato em que se soltaram as rédeas,
E o cavalo da vida brincou de fugir,
Como se descera um degrau interno...

Ficam os olhares,
As cenas adocicadas tal qual sorvete de menta,
A mãe que explica a poesia como se quisera nos juntar,
Um sofá, um edredom, e mil palavras de carinho que reverberam através do universo...

Ela compunha minha estância,
Bestava meus propósitos,
Me soletrava os miúdos...

Amor é incerto como maré,
Ela é mar,
E eu sou o olhar pra trás. 

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Sentimento esquizofrênico



Felicidade de quem não tem "porquê", é sempre mais suave,
Carece de raízes ingênuas e se multiplica,
É como se amarram as verdades...

Dar nó em promessas é a infância plantada,
Crescer pra dentro é abraçar a vida ao contrario,
Deixa no ar um leve som de amanhã...

Dar adeus escreve no universo toda a exatidão de viver,
Prescreve e reescreve o gesto da saudade,
Faz com que tudo tenha mais sentido depois do caos...

No fim é isso,
Sentimento é presente de alma pra alma,
Alma é calor que dá arrepio no braço,
E o braço é ferramenta fundamental de calor,
Felicidade de quem não tem porque é um abraço.