terça-feira, 24 de agosto de 2010

Homem de som



O corpo é seu instrumento vital, de loucuras.
Loucuras tão quanto o ar que se respira, se transpira som.
O som é amante mundial, muda tudo.
As tatuagens mostram o desejo da revolta, volta e faz tudo de novo.
Os dedos pairam na viola, as idéias na cachola, e o som no peito.
A música é coragem desinibida, álcool.
A escala é a doçura do tom que é a doçura da nota que adoça os ouvidos surdos, que adoçam a mente, que se cala pra ouvir.
Homem de som, que faz do silencio, música.
Da música faz discurso, e do discurso... Sinergia.    

domingo, 1 de agosto de 2010

Tudo que há por traz da saudade




Para alguém que não disse adeus.




As nossas esperas cruas, e todas essas melancolias simples, que por um segundo nos engole e nos prende, para que assim tudo se assemelhe em um ponto, eu amo, tu amas, ele ama, ela ama, ai sim... Tudo vale. O olhar compromete mais vontade do que todos os caprichos neutros de uma gota d’água em se manter seca. E então tudo passa... O beijo, o som, o céu, o seu, o meu.

Elevo na mente tudo que há por traz da saudade, aquele abraço nunca dado como eu queria, aquele beijo nunca visitado, sempre sem justificativa. Então levo o corpo aberto, o peito cheio de abismos, e uma tatuagem descolorida no meio da testa... A saudade sempre é um bicho de sete cabeças, oito, nove, dez...Acabou.