domingo, 28 de novembro de 2010

Infinito




Na maioria das vezes escrevo silencios,
mas hoje preferi colocar as idéias nos pés,
e caminhar,

Na maioria das vezes me apaixono,
mas hoje eu preferi deslocar sentimento,
dói,

Decidi pertificar a tua voz,
solidificar o encanto,
trazer pra mim,

Decidi passar em frente a ti,
me desnotar,
perder o susto,

Decidi passar o domingo,só,
contigo,
sem ti,

Imagem de quem quer algo,
fruto de um alguém,
pelo menos foi ao telefone,

Deixo tudo quieto,
dispenso previsões,
planos de planejar tanta coisa,

 Escândalo é deixar nossas mãos brincarem de fluir,

Não vou dizer que foi em vão,
ou que não foi,
apenas não fomos,

Saudade é um argumento doce,
deixa tudo em quietude,
agita,

Sintomas de quem conta suas dores ao telefone,
canta dores,
cata dores,

Agora sou eu quem diz talvez,

É tão comum errar,
que te ver pelas costas me parece bem,

Despedidas foram a trilha sonora,
além de choros,
e frases filosóficas,

Nem se soube ao certo onde começou,
não começou,
apenas pairou,

E se eu pudesse prever o erro?
talvez errado estaria,
Talvez o erro foi prever,

Talvez deixar um abraço levemente aquecido,
seja solução pra acalentar neném,
sonhei,

Talvez o desejo partido,
seja um outro partido,
partindo,

Talvez o seu desencanto nos teceu,
deu nó,
desatou,

Agora é só deixar como está,
o pano lavado,
tempo e medo mensurados,

Eu sei bem como é sentir falta do que nem se sabe ao certo o que é,

Deixa tudo deitado no chão frio da madrugada,
tudo arrepiar,
tudo ir,

Agora a carta não é escrita a mão.
mas ainda assim posso desenhar palavras,
vê?

O destino é amigo do meu coração,
acredito nele,
nela,

Foi,
não com lágrimas,
talvez até com um sorriso,

Sem mais P.S,
ou flores para um flor,
ou irritações,

Somos serenidade, 
outro plano de felicidade,
respira,

Infinito é algo que se carrega na pele,
profissão também,
estrelas idem,

Então é isso, 
Agora eu sei que calor é algo que passa,
frio é vaidade contida,
e desejo, por mais que eu tente me convencer, é algo que se não for concedido, dói.

sábado, 6 de novembro de 2010

Acordar




Azar de quem dorme,
Dormir causa calafrios, e eu frio me sento,
Me sinto,
Sento à tua espera, à tua voz,
Sento por que chega-se um ponto, em que tudo é tão liquido que não adianta fechar os dedos,
Chega-se a esse ponto, quando os desejos são tão leves,
Que já não se tem mais ideia de quem é desejo e quem é vento,
E então quando tudo parece vencido,
Eu deito e durmo como um filho recém amamentado,
É terno e quente,
É só...

Dói... Dói muito ter de si, arrando o sonho...
Somo iguais em sofrimento,
Iguais em importancia,
Diferentes no fim.