quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Empilhando as mágoas antigas...



Mágoa é um olhar,
É deixar claro que o sentimento está maduro,
É ser sentimento...

As mágoas são lápides internas, pesos que foram criados apenas para serem notados e depois jogados fora;
Uma mágoa é como um infarto, um semblante senil, o doce ar de envelhecer antes do tempo, reter mágoa é magoar-se a si mesmo.
Mágoa é fluido, nunca deve estancar, senão gangrena e morre. Mágoa é perdão criança, lhe falta idade.
É como carregar as faces do amadurecimento dentro do peito, e então, sobra o que a de melhor, luz.

Magoar é estar fora de si, caminhar pra fora, De-ambular. Magoar é excesso de monotonia, é contrabando de sentimentos errados, e fruto que cai de podre.

Sem mágoa não existe perdão, não existiria pátria amada, nem falta de solução... Sem mágoa o aperto é maior, o infarto é um fato, e toda solidão é mesmice de acordar no dia seguinte.
Sem mágoa não há caminho, nem caminhar. Se não há motivo, nem causa, qual a causa de tudo isso?

Então que seja simples deixar pra traz, que seja macio, e não doloroso... Se for pra ser mágoa, que seja consciente, absoluto de certezas, e pronto para dar um fim, antes que comece a perder o controle.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Frevo



Estou no lugar onde deveria estar,
Na pior das hipóteses estou um pouco adiantado de onde realmente deveria estar,
Mas isso no final das contas, talvez nem seja tão ruim né?

Hoje é o dia de pensar de dentro pra fora,
Trazer as idéias do fundo,
Saber que se de nada se sabe, nada se pode exigir...

Hoje é dia de ir pra casa,
Pra algum lugar inóspito onde a gravidade possa tirar férias,
E talvez a gente possa brincar de se entregar,

Quando um amigo se vai,
Tem algo que morre na alma,
E vai deixando na alma, uma marca que nínguem pode apagar...

Algo que dói demais para descrever,
É a forma como o vento bate na janela,
até ela grita,

Estranho seria descrever uma relação,
Um abraço,
Tudo que, por conseqüência, nele está envolvido,

Tudo que vem de dentro é um frevo de idéias,
Tem que amadurecer,
E como é de nossa natureza, morrer.

Grão de uma rosa em chuva,
É letra de musica espanhola,
Que nada mais canta que adeus.