quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Empilhando as mágoas antigas...



Mágoa é um olhar,
É deixar claro que o sentimento está maduro,
É ser sentimento...

As mágoas são lápides internas, pesos que foram criados apenas para serem notados e depois jogados fora;
Uma mágoa é como um infarto, um semblante senil, o doce ar de envelhecer antes do tempo, reter mágoa é magoar-se a si mesmo.
Mágoa é fluido, nunca deve estancar, senão gangrena e morre. Mágoa é perdão criança, lhe falta idade.
É como carregar as faces do amadurecimento dentro do peito, e então, sobra o que a de melhor, luz.

Magoar é estar fora de si, caminhar pra fora, De-ambular. Magoar é excesso de monotonia, é contrabando de sentimentos errados, e fruto que cai de podre.

Sem mágoa não existe perdão, não existiria pátria amada, nem falta de solução... Sem mágoa o aperto é maior, o infarto é um fato, e toda solidão é mesmice de acordar no dia seguinte.
Sem mágoa não há caminho, nem caminhar. Se não há motivo, nem causa, qual a causa de tudo isso?

Então que seja simples deixar pra traz, que seja macio, e não doloroso... Se for pra ser mágoa, que seja consciente, absoluto de certezas, e pronto para dar um fim, antes que comece a perder o controle.

6 comentários:

  1. Muito bom, mas como já havia dito, teus textos poderiam ser mais felizes. Hehehe!

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Nossa....palavras bem colocadas...parece até uma tradução de um dia como esse...
    Estado de espírito o qual eu não gosto =/
    Gostei do texto...muito bom!

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  4. '' Magoar é excesso de monotonia, é contrabando de sentimentos errados, e fruto que cai de podre.''

    me ensina a ter essa força com as palavras?

    eu achei divino demais!

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  5. Nossa , descreveste muito bem esse sentimento de mágoa .

    Gostei muito .

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