domingo, 30 de maio de 2010

Metáforas estáticas de quem já andou.


Um palacete de idéias me compõem,
até os meus limites ficam centrados no chão,
os pés,
a boca e o cérebro,
tudo arde de forma sonolenta e silenciosa,
os movimentos são apenas uma figura,
da miniótica dos nossos sentidos pedintes,
as pessoas passam,
olham e passam de novo,
beijam,
tocam e beijam de novo.
Renovamos nossas palavras para que o tempo se torne mais curto,
e então tudo se contradiz,
e pra variar as peles e as veias se aquecem,
fundindo todos os microorganismos que existem entre o falar e o poder,
entre o infinitismo de variedades,
ilusões e caminhos já seguidos.
Pronto de esperas melancólicas,
e cólicas pré-menstruais,
que são minhas velhas distorções,
pronto um segundo se passou,
outro,
e mais um para contornar os caminhos fáceis,
e as crônicas da vida rotineira dos pés,
e do caminhar excitante das mãos.
Aqui o tempo para,
o som não ruge,
o sono não abala,
a fome não afeta,
a dor é ilusória,
e a morte apenas um motivo...
Aqui jaz um homem que se encontrou...
E suas cordas.

2 comentários:

  1. E o mundo gira e a gente vai com ele . querendo algo pra se firmar...

    eu amo teus textos e poemas , porque eu sempre consigo captar assim , este mar de sensações

    LINDO DEMAIS!

    beijos ;*

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